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De Curumin a Karajá: a tradição dos quartos nas férias do Aru
De Curumin a Karajá: a tradição dos quartos nas férias do Aru
Nas férias do Aru temos algumas tradições e uma muito marcante que vamos apresentar a seguir é a dos quartos, que vão do grupo Curumin ao Karajá.
Não é só na hora de dormir que os quartos são importantes no Aruanã. Aqui as crianças são divididas por sexo e faixa etária na hora de saber em que quarto vão ficar durante as temporadas de férias e, esses quartos, diferente do que muitos podem pensar, não servem apenas pra dormir e tomar banho.
São nos momentos de quarto que surge uma ligação fraterna entre os “companheiros de beliches”, contando histórias, segredos, criando gritos de guerra, músicas de bom dia, fazendo as refeições juntos, ajudando a escolher a roupa do jantar e muito mais.
Além disso, cada quarto tem sua participação especial na tradição do acampamento, que começa nos pequenininhos de 5 anos e vai até os mais velhos, de 17.
De Curumin a Karajá: admiração e cuidado
Eles são divididos em grupos, sendo Curumin o dos mais novos, seguidos do Guri, Auá e, finalmente, Karajá.
Essa tradição faz com que todos os integrantes do acampamento interajam entre si, cuidando um do outro e, assim, formam uma admiração e carinho muito especiais.
Os Curumins – formados pelos quartos Caramuru, Tupy, Munduruku e Caiapó – se espelham nos Guris – Terenas, Anapurus, Carinás e Paiacan – que, por sua vez, querem se tornar Auás – Maracatins e Xingu.
Os Auás, um dia, serão parte dos Karajás – dos quartos Guarany e Xavante – que quando chegam nessa fase cuidam dos Curumins, mantendo esse ciclo vivo.
A passagem por cada um desses grupos é o caminho para a construção de um cidadão consciente, motivado e apaixonado. Cada pedacinho desse caminho constrói um mosaico de pessoas com valores e sentimentos especiais para a vida toda.
Na imagem de capa: Thales, o 4º da esquerda para a direita, junto com os monitores e alguns meninos do seu quarto, Xingu. Jul 2021.
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