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A natureza como sala de aula para treinamentos corporativos
A natureza como sala de aula para treinamentos corporativos
Por Caroline Gaudio, diretora do Aruanã Acampamentos e Eventos
Ao longo dos séculos, a interação com a natureza tem sido associada a inúmeros benefícios para o bem-estar físico e mental, e no contexto corporativo, a prática não fica de fora. Impulsionada por aspectos positivos, a tendência de levar equipes para áreas verdes pode trazer retornos significativos, como maior engajamento, produtividade e satisfação no trabalho.
Uma das melhores estratégias para adequar essa relação é o uso de ambientes naturais como espaço para treinamentos corporativos. Essa simples mudança de abordagem reflete uma quebra de paradigma no mundo dos negócios, que sempre apresentou uma concepção de aprendizado fortemente relacionada a salas fechadas e apresentações em slides.
A pandemia da Covid-19 teve um papel vital durante essa diversificação, pois, com o distanciamento social e o aumento do trabalho remoto, muitas empresas enxergavam os ambientes ao ar livre como uma alternativa segura para encontros presenciais. Somada a esse cenário, a crescente valorização da saúde mental dos colaboradores também impulsionaram a adoção de táticas mais holísticas e integradas, com dinâmicas que ultrapassassem os limites das paredes.
Do ponto de vista fisiológico, o relatório “Green and Blue Spaces and Mental Health”, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), constatou que o tempo investido na natureza é capaz de melhorar o humor e a saúde mental da população, além de oferecer novas oportunidades de interação social.
No contexto organizacional, os espaços verdes também trazem estímulos à atenção plena e à concentração, pois criam um ambiente propício para a absorção de novas informações e o desenvolvimento de habilidades práticas e criativas.
Em 2015, a pesquisa global “O Impacto Global do Design Biofílico no Ambiente de Trabalho”, divulgada pela Human Spaces, comprovou as teorias ao entrevistar mais de 7,6 mil funcionários de 16 países, incluindo o Brasil, que se sentiam mais felizes pelo simples fato de trabalharem em espaços arborizados ou expostos a recursos naturais. Segundo o estudo, entre os 42% dos colaboradores que tinham plantas no escritório, 32% se sentiam inspirados ao entrar no local. Por outro lado, dos 47% dos funcionários que não tinham acesso à luz natural em suas salas, apenas 18% se sentiam inspirados.
Além dos benefícios individuais, a realização de treinamentos corporativos ao ar livre pode fortalecer a cultura das empresas, pois facilita a construção de memórias compartilhadas e estabelece vínculos entre os trabalhadores. A experiência de dividir momentos de aprendizado em um ambiente natural pode criar um senso de pertencimento e comunidade dentro da corporação, que abre margem a experiências enriquecedoras e, além de coesão entre os membros da equipe, garante a construção de uma identidade sólida da marca para o mercado.
Em um ritmo de transformação acelerada e a busca por novos modelos de trabalho que atendam às necessidades psicoemocionais dos colaboradores, a natureza surge como uma aliada poderosa no processo de aprendizado e crescimento dos negócios, tornando o treinamento ao ar livre não apenas algo inovador no campo da educação corporativa, mas também um passo em direção a uma cultura organizacional mais humana, sustentável e conectada.