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Aruanews #46 Aruanews: rios, sentimentos e frutas 💧

#46 Aruanews: rios, sentimentos e frutas 💧

1 de outubro de 2025

#46 Aruanews: rios, sentimentos e frutas

 

Cadê o riachinho que estava aqui? Você sabe? Você viu?

O fim de setembro chegou trazendo o calor da primavera e uma pergunta que a música de Giana Viscardi e Dani Zulu deixa no ar: “Cadê o riachinho que estava aqui?”. A canção fala de um sumiço, de uma ausência sentida, que não acontece por um ciclo natural, mas por um descuido que permitiu que ele se perdesse. É a crônica de uma perda contada de forma sensível. 🏞️

Em uma cidade como São Paulo, essa mesma pergunta se materializa de forma realista. O mini documentário “Entre Rios” nos dá a resposta que a música apenas sugere: o rio não se perdeu, ele foi deliberadamente escondido. Ele foi engolido pelo asfalto para que os carros pudessem passar. Em algum momento de nossa história, trocamos o som da correnteza pelo barulho dos motores, transformando várzeas em avenidas e cursos d’água em canais subterrâneos. A cidade que nasceu abraçada por rios, hoje vive de costas para eles.

Tanto a canção quanto o documentário nos colocam diante da mesma ausência. Projetos como o “Rios e Ruas” surgem como um convite para resgatar essa memória, para que possamos entender não só para onde foram nossos rios, mas o que perdemos quando descuidamos deles. É um chamado para reinventar nossa relação com a cidade e com as águas que ainda insistem em correr sob nossos pés. 💧


Rios Invisíveis

Assim como os rios que correm invisíveis sob a cidade, muitas vezes as emoções e pensamentos de crianças e adolescentes também seguem um curso subterrâneo. Na rotina de estudos, jogos e redes sociais, é fácil soterrar o que se sente com camadas de estímulos constantes: a luz azul das telas, a próxima fase de um jogo, a rolagem infinita de um feed. Negligenciamos a paisagem interna, e as correntezas de ansiedade, a frustração de não conseguir algo ou a simples necessidade de um tédio criativo acabam sem espaço.

Esses sentimentos não desaparecem, apenas correm por baixo, esperando o momento de transbordar. Por isso, cuidar da saúde mental é um convite para valorizar a vida que acontece aqui dentro — algo especialmente lembrado em setembro —, e a natureza oferece o caminho mais potente para essa reconexão. A prática de atividades ao ar livre funciona como uma contrapartida real ao mundo virtual, onde cada passo na grama ou respiração profunda nos desliga das telas e nos liga a nós mesmos, permitindo que nossos “rios internos” venham à superfície e voltem a correr em um fluxo saudável. 💛


Caminhando pelo Aru com a Yoda

Caminhando pelo Aru com a Yoda

AU! Sabe o que é uma saudade com quatro patas e um rabo murcho? Sou eu. Minha humana de caminhadas preferida, a Tia Luzia, inventou um negócio chamado “férias”. Fiquei aqui, suspirando pelos cantos e olhando para a trilha com minha melhor cara de cachorro que caiu da mudança. Nossos passeios longos? Adiados. Um absurdo. 🐸

Mas um focinho fuçador não se entrega fácil, né? Comecei a dar umas voltas mais curtinhas, aqui pelas redondezas, cheirando a mesma moita pela décima vez. E foi numa dessas que eu a vi: uma planta toda espetada com um copinho de água bem no meio. Uma bromélia! Fui chegando perto, com o rabo meio desconfiado, e dei de cara com uma perereca verdinha me espionando de dentro daquela “piscininha”. AU!

Fiquei ali, deitada, só de butuca. De repente, um besouro todo importante pousou na folha pra bebericar a água. Depois vi uma aranha minúscula tecendo uma teia brilhante entre duas pontas. A bromélia não falou nada, claro, mas nem precisava. Ela era o ponto de encontro! A casa da galera! No fim, entendi que mesmo quando a gente não pode ir longe, tem um mundo inteiro de cheiros e amigos novos bem debaixo do nosso focinho. Meus passeios curtos agora têm uma parada obrigatória para dar um “oi” para os meus AU-migos da bromélia. ❤️

 

Tirinhas do Aru

Projetos Aruanã

 

Do pé para a boca, o sabor da nossa terra 🌳

Banana, bananeira. Goiaba, goiabeira. Laranja, laranjeira. Maçã, macieira. Mamão, mamoeiro. Abacate, abacateiro…

Quem nunca sentiu o prazer de colher uma fruta direto do pé? Aquele cheiro que invade o ar, a textura na ponta dos dedos, o sabor que parece carregar um pouco de sol. Ter um pomar em casa é como ter um tesouro no quintal. É a certeza de um alimento fresco, livre de qualquer veneno, cultivado com cuidado e carinho.

Aqui no Aruanã, temos um orgulho imenso de ver nossas árvores frutíferas florescerem e darem seus frutos. Nosso pomar é um convite constante para que as crianças entendam o ciclo da natureza, a paciência da espera e a alegria da colheita. Incentivamos que elas peguem amoras, pitangas, jabuticabas e sintam esse sabor que conecta a gente diretamente com a terra. É um pequeno gesto que ensina muito sobre abundância, sobre cuidado e sobre o privilégio de poder saborear a vida em sua forma mais doce e natural. 🥭

 

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Obrigado por estar com a gente até aqui. Nos vemos mês que vem!